sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

É este Benfica que é preciso

"No Estádio do Dragão tudo se passou com normalidade. O Benfica reduzido a 10 de forma injusta, e o Porto acabou com 11 de forma igualmente injusta. Ganhou aquela que é claramente a melhor equipa, e aquela que jogou melhor.
Vilas Boas merece elogios, porque foi correcto e porque com aquele plantel não pode fazer mais.
Aqueles que acusaram Jesus de inventar noutros desafios importantes, não souberam dizer agora que o inventor começou a ganhar o jogo nas suas opções.
O Benfica ganhou em grande parte, graças a Jorge Jesus.
Javi Garcia, Coentrão, e Luisão estiveram enormes pelos encarnados, e reduzido a dez jogadores o Benfica deu recital. O Porto fez com o Benfica o mesmo que o Rio Ave, mas Carlos Brito jogou contra 11.
A verdade é que apenas ganhamos mais um jogo. Um jogo difícil contra um adversário de respeito, mas o objectivo é vencer no Jamor.
Se a sobranceria do Benfica na Supertaça custou caro aos encarnados, a fanfarronice doa azuis e brancos antes deste jogo, foi o início duma exibição medíocre, e de uma derrota clara.
Vilas Boas teve razão. Não foi preciso um super Benfica, para este Porto tão vulgar. Bastou um Benfica concentrado e regular. É este Benfica que é preciso, concentrado e competente.
Jorge Jesus sabe que esta série de vitórias só terá valor se culminar com troféus. Os pequenos clubes festejam a vitória em alguns jogos, os grandes festejam títulos, e eu só festejarei com a vitória no Jamor. Se a segunda mão fosse para a semana a eliminatória estava resolvida a nosso favor, mas daqui a 70 dias há muitos imponderáveis. Mas que ficamos muito perto deste objectivo, disso não tenho dúvidas.
O Estádio do Dragão ficou rendido. O Benfica foi muito superior e desde os 10 minutos só se ouviram 2500 heróis, que cantaram aquilo que seis milhões sentiram."
Sílvio Cervan, in A Bola

Objectivamente (AG da FPF)

"Dois assuntos marcaram, para mim, a semana desportiva: a vitória da vergonha dos 30% na AG da Federação, e a entrevista de Mourinho, ao «Jogo», onde confessa que ganhar no Fc Porto é fácil porque PC é o melhor presidente do Mundo!
Do primeiro tema já muito se falou durante o fim-de-semana, mas ficou por esclarecer se ainda há hipótese de diálogo com gente que não quer perder o poder no futebol português. Lourenço Pinto e os seus aliados já não escondem nada. É tudo às claras! No dia anterior à AG, PC e António Salvador, seu «brother» de Braga, faltaram à reunião de presidentes na Liga. O sinal estava dado. E confirmou-se no dia seguinte. A Associação de Braga, pela voz do seguidista Coutada, dava o dito por não dito e votava ao lado da AF do Porto com Lourenço Pinto. Não têm palavra. O mesmo Coutada, que por escrito, havia garantido voto a favor da aprovação dos estatutos, na hora da verdade fez o que lhe mandaram fazer e juntou-se aos velhos retrógados que tanto mal têm feito ao Futebol Português. E mais uma vez gozaram com Governo, UEFA e FIFA!
Será que o Secretário de Estado do Desporto tem medo desta gente?! Então, lance a bomba atómica, e atribua responsabilidades pelo que se seguirá a estes velhos caducos que recusam sair do poleiro por meia dúzia de favores, convencidos que mandam mesmo no Futebol cá do burgo.
Quanto a Mou, fiquei esclarecido quanto às estrondosas vitórias no Fc Porto: «É fácil ganhar no Porto!». Não havia de ser!? Com o 'melhor presidente do Mundo' e com os Apitos Dourados... Não tenho dúvida nenhuma!"
João Diogo, in O Benfica

Coincidências...

"1. 4.-ª feira: Jogo FC Porto-Nacional. 5.-ª feira: comunicado do Nacional criticando a voto favorável da Associação da Madeira à revisão dos estatutos da Federação. Coincidências...
Também 5.-ª feira: Reunião do Conselho de Presidentes na Liga. Dos 32 clubes faltaram apenas quatro. Quais? FC Porto, SC Braga, Nacional e Olhanense. Coincidências...
Ainda 5.-ª feira: Os clubes do distrito do Porto criticaram o facto de não terem sido ouvidos quanto ao sentido de voto da sua Associação na questão dos estatutos federativos. Excepção: FC Porto. Mais uma coincidência...
6.-ª feira: A Associação de Braga, pela voz do seu presidente Carlos Coutada (outro do tempo da distribuição dos principais pelouros federativos com a Associação do Porto), dá o dito por não dito e anuncia ir votar contra os novos estatutos. Nem sequer houve coincidência...
Sábado: Uma minoria de associações, lideradas pelo Porto (algumas à revelia dos seus clubes), 'boicota' a aprovação dos novos estatutos da Federação. Já não há mesmo pachorra!
2. Acho lógico o FC Porto querer antecipar o jogo com o Nacional, para ter mais tempo de descanso entre os seus jogos com o Sevilha. Mas já não compreendo tão bem a 'simpatia' do Nacional que, tendo um jogo decisivo em Aveiro no sábado, acedeu jogar três dias antes no Dragão. E, por sinal, foi bem menos lutador do que havia sido três dias antes na Luz...
3. Gostei bastante da Gala Eusébio, merecidíssima homenagem ao nosso 'Rei'. E achei excelente ideia a presença de jovens jogadores do Benfica, devidamente equipados, a acompanhar os diversos convidados que subiram ao palco, forma de ligar, de forma permanente, o Clube à homenagem e ao homenageado. E, de entre esses convidados, duas referências especiais: para Artur Agostinho, em surpreendente boa forma nos seus 90 anos, um 'relator' sportinguista que, no Desporto, soube sempre ser imparcial; e para Herman José e o seu portista José Estebes, que teve piada e não ofendeu.
4. O jogo FC Porto-Nacional, em canal aberto (TVI), foi apenas o sétimo mais visto nessa quarta-feira. Pois é, havia o Benfica a jogar com o Rio Ave quase ao mesmo tempo, mesmo em canal pago..."
Arons de Carvalho, in O Benfica

Sempre em trânsito

"Triste é o destino, a que chamamos “periférico” por pudor de utilização da palavra “pobre”, do futebol português, condenado a ser uma escala, um entreposto, um momento provisório para os melhores praticantes da modalidade – sejam eles portugueses ou estrangeiros. As partidas simultâneas de dois homens que ajudavam a subir o nível e a fazer a diferença junto dos adeptos dos respetivos clubes vem recordar-nos uma adenda à verdade anterior – é que tanto faz passar por cá a caminho de uma brilhante carreira internacional (e é isso que se augura a David Luiz) como dar aqui os últimos passos antes da reforma que, no caso dos futebolistas de qualidade, soa sempre a antecipada (caso de Liedson).

Dir-me-ão que as hipóteses de um percurso acompanhado sempre pela mesma camisola, pela mesma cor, pelo mesmo clube são hoje uma nulidade ridícula – pois se os pragmáticos liberais se preparam até para destroçar à espadeirada o Estado Social, se os ideólogos sem ideologia nos querem convencer que a mobilidade, a flexibilidade e a precariedade são hoje características essenciais do Emprego, não será inútil e “romântico” pensar em estabilidade e “longa duração” para uma profissão de picos de exigência, como é o futebol profissional? Sei que os argumentos correm contra mim, que estes tempos não se compadecem com mãos sobre o emblema e emblemas sobre o coração. Mas não me peçam que deixe de considerar decisivos, para o meu amor ao Futebol, símbolos como Eusébio, Humberto Coelho, Rui Costa, Nuno Gomes, Fernando Gomes, Vítor Baía, Jorge Costa, Vítor Damas, Manuel Fernandes ou Oceano. Hoje, com a alta rotação, haverá espaço e ocasião para que quem chega se transforme numa bandeira de clube, numa chave de equipa? Creio bem que não.

Fala mais alto o Deus-Dinheiro, que comanda como bem entende, sem se preocupar com a “carga” que transporta de um lado para o outro. David Luiz vai deixar saudades (e do jogo desta noite, mais importante do que se adivinha, sairá noção mais exata da falta que fará em campo), até porque era um potencial capitão do Benfica à altura dos históricos. Liedson e o seu físico improvável, as suas artes autênticas e as suas artimanhas de “moleque”, os seus sprints e os seus remates intempestivos vão criar um vazio difícil de suportar. Em menos de meio ano, o Sporting perde os seus dois símbolos: primeiro João Moutinho; agora o brasileiro, que nem deixa retorno financeiro digno desse nome. Diz Couceiro aquilo que pode (mas talvez não aquilo que devia): “Não há insubstituíveis no Sporting”. Diz um diretor com dois meses de casa sobre um jogador que ali entusiasmou durante sete anos e meio. E depois ficam todos muito surpreendidos quando a casa vem abaixo..."

Hoje tal como ontem

"Combinava-se que o tempo, a duração do jogo, se media em golos (mudava aos cinco e acabava aos dez), dividíamo-nos em duas equipas, media-se a baliza em passos e fazia-se das mochilas da escola ou dos paralelos da rua os seus postes. Preparado o campo, escolhíamos quem queríamos ser, acreditávamos ser os nossos ídolos, tínhamos a capacidade de nos ‘outrar’, de sermos o outro.
Encarnávamos a categoria senhorial do Humberto, a força e a determinação do Toni, a eficácia do Nené, a frieza do Filipovic, o carisma do Bento ou o talento ímpar do Chalana. E, deste modo, ‘outrando-nos’, elevávamo-nos ao patamar dos nossos ídolos e elevávamo-los à condição de heróis, numa condição situada algures entre os homens e os deuses. Não era por acaso que, na inocência infantil de quem escolhia os nomes com a simplicidade de quem olha para o mundo com olhos limpos, havia nomes escolhidos, e até disputados, em contraste com outros sistematicamente ignorados. Era um critério que ultrapassava o mero reconhecimento do talento, implicava algo de bem mais profundo, mas menos mensurável. Escolhíamos os nomes daqueles com quem nos identificávamos, aqueles nomes que, num processo que não se explica, mas que se sente, tinham conseguido uma relação tão especial com os adeptos que os sentíamos como património colectivo do benfiquismo e não apenas como bons jogadores do Benfica. E, nestas coisas, a miudagem não se engana.
Contava-me, na terça-feira, uma grande benfiquista que vira a Carolina, uma benfiquista dos sete costados e tenros anos, largar uma lágrima grossa e sincera por causa da transferência do David Luiz. Não foi por acaso, foi porque o David Luiz conseguiu, nos tempos actuais, a tal identificação com o benfiquismo. A tal que não se explica, mas que se sente.
Que sirva de consolo à Carolina o facto de o David Luiz ter saído do Benfica, mas ter levado em si o benfiquismo que todos partilhamos."

Pedro F. Ferreira, in O Benfica

Força Vanessa

“Há momentos na vida em que temos de assumir opções que são difíceis, mas sendo difíceis não podemos fugir delas. Esta é, sempre foi, a minha forma de estar na vida, e apesar da angústia que sinto ao assumir esta decisão, creio que é a melhor forma de preservar tudo aquilo que fiz e dediquei ao Triatlo nacional e a Portugal.
Por razões de saúde que me tem impedido nos últimos meses de me dedicar à prática da modalidade que abracei e que tantas alegrias me proporcionou, queria comunicar-vos a minha intenção de interromper temporariamente a prática desportiva. Não se trata de um abandono, mas apenas de uma interrupção temporária que me permita regressar em pleno dentro de pouco tempo.
Espero que compreendam as minhas razões e entendam a dificuldade do momento que actualmente vivo. Sei que vou conseguir voltar e que esta fase representa apenas um curto intervalo na minha carreira desportiva. Espero contar com o vosso apoio,

Vanessa Fernandes”

Rescaldo

Quando o Javi Garcia marcou o segundo golo do Glorioso estas foram as reacções na tribuna corrupta (o Oliveirinha deve estar a pensar no Rangel: a sacana vai-me fod* o esquema!!!), curiosamente durante o jogo a realização da Sporttv não procurou com a insistência habitual os grandes planos da 'entorage' corrupta, porque será?!!!


Mais uma vez, a nossa comitiva foi recebida à pedrada, antes e depois do jogo. Mais uma vez silêncio por parte dos do costume. Isto além da chuva de isqueiros (e afins) que durante o jogo caíram em cima do Júlio César, curiosamente mais uma vez a Sporttv não mostrou interesse no assunto, aliás já no 'clássico' Corruptos-Beira-Mar para a Taça da Liga houve uma chuva de objectos para cima do guarda-redes contrário, com a SIC a 'desviar' as imagens para outra zona das bancadas, apesar do jogo ter sido interrompido por duas vezes!!! (na rádio alguém disse: Pronto caíram 6 isqueiros, agora não é preciso o guarda-redes do Beira-Mar fazer todo este espectáculo!!!) Porque será?!!!



Muitos perguntam como é podemos responder a tudo isto? Simples, observem o Cardozo!!! Ao contrário do que alguns defendem, quando os Corruptos vierem jogar a Lisboa, não podem ser recebidos de forma igual ou parecida, por muito que isso custe temos estar acima destes comportamentos animalescos. Já o ano passado com a simulação do Luisão (lançamento isqueiro) foi 'engraçado' observar as reacções dos avençados Corruptos!!!
Esta situação só acontece, porque à semelhança do ano passado, a 'manga' de acesso aos balneários 'avariou-se' mais uma vez...!!!

Com criatividade, e muito humor, existem maneiras muito mais eficazes de reposta, oiçam a música!!! Divinal
Coentrao feat Barbra Streisand - Benfica Fucks Porto! (Javi Garcia Remix) by pUNpaNoNicUs

Via BnrB