"No Verão passado Ricardo Quaresma foi recebido em delírio em Istambul pelos adeptos do Besiktas. Outros três portugueses estão na calha para serem recebidos em delírio em Istambul no Ano Novo: Manuel Fernandes, Simão Sabrosa e Hugo Almeida que se vão juntar a Ricardo Quaresma no tal Besiktas.
Quaresma, Fernandes, Sabrosa e Almeida não são propriamente estrelas de primeira grandeza no firmamento do futebol mundial. E nenhum deles vai para novo, o que também ajuda a baixar o volume dos respectivos negócios. De qualquer forma, o Besiktas investiu alguns bons milhões de euros nesta fornada portuguesa de alta qualidade e, assim sendo, não é de crer que sejam jogadores que tenham de provar a sua utilidade. Ou seja, pelos valores que custaram, não vão para Istambul à experiência, a ver no que aquilo dá. São jogadores para jogar imediatamente.
O que transforma o Besiktas num emblema a seguir com atenção. Porque não há muitos clubes portugueses que tenham quatro jogadores portugueses na condição de titulares indiscutíveis.
Assim, pelas mesmas razões que o FC Porto desperta a curiosidade dos adeptos colombianos e o Benfica tem já uma legião de seguidores na Argentina, o Besiktas começa a merecer o nosso carinho e a nossa preocupação.
É que já nem há memória de um clube com tantos portugueses a jogar à bola...
Fábio Coentrão faz parte do onze do ano do jornal L'Equipe. Os benfiquistas só podem ter ficado encantados com a distinção que coloca o seu lateral-esquerdo ao lado de superstars como Messi, Casillas, Lúcio, Scheinsteiger, Iniesta e Sneijder, entre outros da mesma dimensão supersónica.
E se os mesmos benfiquistas se derem ao trabalho de um pequeno exercício de memória, lembrar-se-ão certamente da indiferença, para não mencionar a desconfiança e o desdém, com que, no Verão de 2009, receberam, a notícia de que Fábio Coentrão, depois de meia época em Saragoça e de outra época invisível em Vila do Conde, ia regressar ao Benfica com grande vontade de se afirmar.
Foi uma risota, não foi?
E, depois, foi o que se viu. E viu-se tanto, que até os tipos do L'Equipe viram também...
Portanto, seria excelente política entre os benfiquistas dar um bocadinho de tempo e de paciência àqueles jovens jogadores que o Benfica contratou no Verão passado, como Jara e Gaitán, e mesmo a Kardec, que já por cá está há mais tempo e que teve a infelicidade de substituir Cardozo no período mais infeliz do futebol dos campeões nacionais.
Tenham lá calma.
José Couceiro vai assumir a direcção do futebol do Sporting, é um facto. Este ano o Sporting não tem sido, outra vez, muito feliz e até tem sido um bocadinho mais infeliz do que o Benfica, a nível interno, visto que na Europa a equipa de Paulo Sérgio já cumpriu um percurso inicial sem grandes sobressaltos, o que tem o seu valor.
Couceiro, como toda a gente se lembra, já cumpriu o mesmo papel no Sporting em 1998. E não foi especialmente feliz, o que em nada o diferencia de todos os directores desportivos que passaram por Alvalade depois dele.
É natural que os sportinguistas estejam em época de não se entusiasmar com nada nem com ninguém. É assim quando há míngua de sucessos.
E também é compreensível, entre os sportinguistas, que haja quem justifique o regresso de Couceiro a Alvalade muitíssimo mais pelos três meses, no ano de 2005, em que foi treinador do FC Porto, um clube de referência para a actual gerência de Alvalade, do que pelo seu passado, ainda que breve, na estrutura do futebol do Sporting.
São, naturalmente, opiniões.
Garante o Correio da Manhã que Costinha proibiu o uso de brincos aos profissionais do Sporting quando estiverem em representação do clube. A jogar, por exemplo. Ou em viagem da comitiva oficial.
E também quando usarem os bonés oficiais os jogadores estão proibidos de pôr a pala para trás, é sinal de desrespeito. As tatuagens também não são bem vistas mas, enfim, o que é que se há-de fazer em casos epidérmicos como esses?
Assumida que está pela SAD a dificuldade financeira em ir ao mercado de Inverno reforçar a equipa e as esperanças no comportamento desportivo da equipa, eis uma maneira respeitável de recuperar os 13 pontos de atraso que o Sporting tem em relação ao comandante do campeonato.
No Sporting, o lema é não queremos cá Diegos Armandos Maradonas!
Nolito diz que gostava mais de ir para o Real Madrid do que para o Benfica. Por um lado é compreensível. Mas Nolito que se lembre do caso de Di Maria. Chegou à Luz e não impressionou por aí além e mais ainda irritou o público da casa quando disse que o Benfica seria um trampolim para outros voos. E foi mesmo. Voou até ao Real Madrid e por lá está, feliz e contente da vida, aquele que, no princípio, os adeptos benfiquistas insistiam em chamar de brinca na areia. Lembram-se?
Pois Nolito devia fazer o que fez Di Maria. Primeiro jogava por cá e depois ia para lá.
Quanto a Funes Mori... continua preso por detalhes.
Oh, está-se mesmo a ver onde é que vai parar, não está?
É que basta fazer um pequeno exercício de memória...
A imprensa noticiou na semana passada a morte do sócio número 3 do Futebol Clube do Porto. Tinha 95 anos, nascera em 1915.
É curioso constatar como o FC Porto, que foi fundado em 1893 segundos os seus historiadores oficiais só terá tido dois sócios nos seus primeiros 22 anos de vida.
E isto se o sócio número 3, que morreu no final de 2010, tivesse sido filiado no ano em que nasceu.
Jorge Jesus respondeu bem e a tempo à bajulice com que Pinto da Costa o vinha tratando publicamente. Agora não deve responder a mais nada. Deve é ganhar o campeonato. Bora lá!"
Leonor Pinhão, in A Bola