"1. Pinto da Costa quer guerras e não pára de atacar o Benfica. O melhor que há a fazer é deixá-lo a falar sozinho. Mas há alturas em que deve ter resposta. Jorge Jesus compreendeu-o retorquiu com clareza aos falsos elogios do presidente do FC Porto. Muito bem. E, já que estava com a 'mão na massa', não deixou de aproveitar a oportunidade para salientar as diferenças que vêm existindo entre Benfica e FC Porto nas arbitragens e nas grandes penalidades marcadas e não marcadas. Os penalties não justificam algumas exibições apagadas do início da época, bem longe do brilho da época passada. Mas foram determinantes nos 8 pontos de diferença e, também (e não menos importante), no estado de espírito de jogadores, responsáveis e adeptos que daí resulta. Não é por acaso que, ao longo dos anos 80 e 90 e, mais tarde, nos do mais recente 'Apito Dourado', os principais 'roubos de igreja' se tenham dado nas rondas iniciais...
2. Só na semana passada, e segundo as 'gordas' das capas dos dois jornais desportivos de Lisboa (faça-se, neste caso, justiça a 'O Jogo'), estivemos em risco de ficar, pelo menos, sem Aimar, Cardozo, Luisão, David Luíz, Nuno Gomes e Carlos Martins (se calhar ainda me esqueci de algum...). Este último até mereceu um comentário destacado (recordando o seu passado em Alvalade!) e um 'debate'. Nada de muito grave face às dezenas de jogadores que os mesmos jornais nos deram já como reforços desde Novembro e cujos nomes não fixei, pois notícias dessas passam-me por completo ao largo. Chega a ser caricato!
3. O que se passa com a Federação Portuguesa de Futebol já passa das marcas. As principais associações regionais, com a do Porto (e o seu presidente, Lourenço Pinto) à cabeça, continuam a desrespeitar uma norma governamental que todas as outras federações aceitaram, querendo manter todos os privilégios que serviram de suporte às 'jogadas' que envergonharam (ou deveriam ter envergonhado) o futebol português nas últimas décadas. E o (novo) presidente da Assembleia Geral 'ajuda à festa' marcando eleições com uma assembleia fora da lei. O Governo ainda não quis 'fazer sangue' mas, pelos vistos, não terá alternativa."
Arons de Carvalho, in O Benfica