sábado, 4 de dezembro de 2010

Espírito vencedor



Entrada demolidora após o intervalo, depois com o jogo aparentemente controlado deixamos o adversário aproximar-se perigosamente, mas a vitória já não fugiu...

Empatados



Não sei o que se passou hoje na Cova da Beira, mas esta equipa do Fundão, é provavelmente a equipa mais 'chatinha' que este Campeonato tem!!! Já os vi fazer anti-jogo do mais 'porco' possível, ainda o ano passado ganharam aos Lagartos em Loures dessa forma!!! Este ano são os principais candidatos ao 4º lugar, assim se o Benfica terminar a época regular em 1º, vamos ter que 'aturar' o Fundão nas Meias-Finais, portanto o Benfica tem que arranjar maneira de ultrapassar o autocarro de dois andares que o Fundão costuma trazer para os jogos!!! Tivémos a perder por 2-0, mas ainda fomos a tempo de evitar um mal maior..

O penitente

"“Saber jogar (...) em campos inclinados é uma velha tradição do FC Porto”. Ainda que não tenha sido essa a intenção, Rui Moreira pode ter aqui encontrado a única frase que todos os benfiquistas e, ao mesmo tempo, todos os portistas subscrevem. Trata-se, portanto, de um notável esforço no sentido da pacificação no futebol português. Tragicamente, Rui Moreira pode ter feito um mau serviço a si próprio, porque – logo ele, que tem um apego tão grande a discussões livres e abertas, sem qualquer tipo de condicionamento – pode ter delineado o fim dos programas de debate desportivo:

Portista – Fique sabendo que saber jogar em campos inclinados é uma velha tradição do FC Porto.

Benfiquista – Então, eu não sei disso... Não podia estar mais de acordo.

(E é nesta altura que o comentador afeto ao Sporting fica sem saber o que dizer, porque se, por um lado, quer concordar com o portista, faz-lhe confusão não discordar do benfiquista).

Seja como for, o encanto da frase está no seu caráter dúbio: escrita por um comentador afeto ao FC Porto, a frase pode revelar ou uma honestidade desarmante, ou uma torpeza inaudita. E para aqueles leitores que defendem que, por se tratar de Rui Moreira, nos devemos inclinar sem demoras para a hipótese “torpeza”, devo dizer que não me revejo nesse julgamento precipitado, e até difamatório, com o qual me recuso a pactuar. Na minha opinião, depende de que Rui Moreira estamos a falar. Por exemplo, o Rui Moreira de outrora, crítico em relação aos métodos de Pinto da Costa, poderia perfeitamente revelar uma honestidade desarmante. Em contrapartida, o Rui Moreira atual já teria alguma dificuldade nessa matéria, uma vez que se encontra em pleno processo de penitência. E, como sabem os crentes, a penitência implica atos como jejuns, peregrinações e vigílias. Isso mesmo: vigílias. Começa tudo a fazer sentido."

Erros, Mou e "corridas"

"1. Perdoe-me o leitor o desvio às questões desportivas. A pesquisa de Sofia Pinto Coelho sobre “erros judiciários”, exibida nas últimas semanas na SIC, fez alguns pasmar, outros corar, muitos outros compreender, pedagogicamente, a justiça. Erro é condenar quem não pratica um crime. Erro é também absolver quem praticou um crime. São os dois riscos que se correm na justiça dos homens. Nada de novo para quem já viu o suficiente nos corredores e nas salas dos tribunais. Mas é cru ver os dramas humanos de um possível equívoco, reflectir depois de ver como a jornalista (e jurista) averiguou o percurso de quem julgou e, depois, concluir. Percebe-se que o julgador tem, nas sociedades democráticas, um dos poderes mais significativos de um poder judicial independente: a “livre apreciação da prova”. Dela resulta que só se condena quando o juiz não tem “dúvida razoável” sobre os factos. Isto é, na outra face, a eventual dúvida é sanada quando a prova existente é, em conjunto, suficiente para se estar convicto da versão dos factos que leva à condenação. Ao invés do que parece ser agora tendência, não se condena com a certeza nem se aspira à certeza: esta poucas vezes poderá subsistir. Em tribunal – ou em qualquer outra jurisdição – ambiciona-se a reconstituição da verdade. A reconstituição possível. Sendo assim, não se alcança que certa prova em certo processo seja valorada contra a evidência de um juízo comum. E não se entende bem, aqui e ali, a despreocupação em fundamentar com rigor e transparência as decisões, o que antes era uniforme “questão de honra”. Pois é por aqui que – também – alastra a crise de valores: porque se começa a gerar a ideia que a justiça é, em certos casos, menos intransigente na defesa de certos princípios, pelo menos os que têm arrimo na lei. Nomeadamente no ilícito relacionado com o poder ou ligado a um certo poder. Neste país pequeno e apoucado, é pois tempo de recompensar e estimular quem, como autoridade e com autoridade, vai contra esta corrente! Afinal, não me desviei assim tanto...

2. Mourinho tem a partir de agora a prova mais difícil da carreira. Como, por exemplo, Jesus está a ter e teve Jesualdo no FCPorto depois de alguns desaires na Champions. Seja como for, a conferência de imprensa de Mourinho depois do jogo de Nou Camp é um manual de reação a um desastre. Disse tudo bem e no sítio certo. Visto e revisto, esvaziou logo ali metade do efeito “boomerang” da humilhação. Em comparação, viu-se novamente o que é hoje preciso no currículo de um treinador de “clube grande” e “mediático”. Para quem não há justiça, mesmo que aqui e ali com erros. Só conta a bola na rede: se entrar, tudo está absolvido; se ficar à porta, a condenação é certa. Justiça dos homens, claro está!

3. Justa ou injustamente, Portugal e Espanha não ganharam à Rússia. Julgo que a Ibéria partiu à frente mas perdeu na reta final da meta. Onde esteve concentrado o poder das “cabeças” do Comité Executivo da FIFA. Agora sim, começam a sério as outras “corridas”. Internas. Para a Federação."

Pragmatismo



Não foi um jogo espectacular, o Benfica não deslumbrou, mas ganhou, e na minha opinião até fez um jogo inteligente!!! Os Algarvios 'fecharam-se' bem, aliás o Olhanense deste ano só sabe defender!!! Tentaram jogar sempre em superioridade numérica na zona da bola, e o Benfica foi obrigado a trocar muitas vezes de flanco, com a bola passar pelos centrais, provavelmente estes movimentos deveriam ter sido feitos com mais velocidade, mas foi necessário fazer passes seguros, porque qualquer perda de bola do Benfica, podia dar um contra-ataque perigoso. Foi daqueles jogos onde é preciso paciência, até porque com o passar do tempo, os adeptos vão ficando impacientes...
Mais um grande jogo do Roberto, provavelmente o melhor David Luíz da época, o Maxi a subir, o Saviola a ganhar confiança, e o Cardozo a marcar (não interessa como). Uma nota para o Coentrão: também tem direito a ter uma noite menos inspirada!!!
É verdade o Moretto 'ajudou', nestes jogos o primeiro golo é normalmente o mais difícil, mas não gostei dos cânticos em tom de gozo a seguir ao 'frango'. Recordo que em jogos oficiais pelo Benfica, o Moretto deu um único 'frango', num jogo em Paços de Ferreira, num jogo que não contava para nada, cometeu muitos erros, mas por obra e graça do Espírito Santo a bola não entrava!!!
Mas acima de tudo teve uma noite verdadeiramente notável, onde fez efectivamente defesas impossíveis!!! Apesar de alguns sustos pelo meio, o jogo com o Barcelona na Luz, foi de certeza uma das melhores exibições de sempre de um guarda-redes do Benfica na Catedral!!!
Ainda hoje (mesmo com mais um frango) considero que o Moretto tem um potencial enorme, mas infelizmente para ele (e hoje para Olhanense), tem regularmente 'brancas', é um caso típico de alguém que tem 'quase' tudo para ser 'grande', mas falta o 'quase'!!!