quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Com Brio...



Depois da epopeia na Sérvia, a equipa só chegou a Lisboa na Segunda à noite, restou um treino na Terça para preparar este jogo. Sem o Bebé, nosso guarda-redes titular (lesionado), mas com um excelente jogo do Victor Hugo, e sem o Joel, um dos nossos melhores jogadores e o nosso principal goleador (estranhamente castigado com 2 jogos - cumpriu hoje o segundo jogo - depois de jogar uma bola com a mão dentro da nossa área - creio que foi essa a razão da expulsão), os Campeões Europeus, não tremeram, bem pelo contrário. E nem sequer o golo precoce do adversário, intimidou os nossos jogadores.
Grande partida da nossa equipa, com muita intensidade, e com poucas abébias defensivas. Mesmo com alguns erros graves (A 30 segundos do final da primeira parte, não foi dada a lei da vantagem, numa situação clara de golo para o Benfica. Mais uma agressão do Porco Cardinal. Segundo golo Lagarto precedido de falta, cometida pelo mesmo Porco), foi provavelmente a melhor arbitragem num clássico de Futsal dos últimos tempos.
O Sporting fez um fortíssimo investimento no Futsal (e Andebol), contratou o ex-Seleccionador Nacional, que antes do Benfica 'aparecer' na modalidade, foi repetidamente Campeão Nacional pelos Lagartos, portanto percebe-se o nervosismo com mais uma derrota, imediatamente a seguir à eufórica qualificação para a Final-Four da UEFA Futsal Cup.
Nunca gostei do Sr. Orlando na Selecção, portanto não será agora que vou começar a apreciar as suas qualidades. A Flash-Interview foi previsivelmente vergonhosa, já na Selecção tinha o habito de falar constantemente do árbitro sempre que perdia (algo que qualquer adepto tem 'direito' de o fazer, mas os treinadores não podem usar sempre a mesma 'cassete')...
O comportamento nas bancadas por parte dos adeptos Lagartos também não surpreendeu!!! Mais uma vez, os aprendizes de macacos, passaram o jogo todo pendurados na rede atrás da baliza!!! São tão escandalosas estas atitudes, como a permissão por parte das autoridades das mesmas, e eu sinceramente nos jogos das modalidades não tenho visto os adeptos do Benfica a fazerem estas tristes figuras (ultimamente). Após o final do jogo ainda foi lançado um petardo, da Juve Leo, para cima dos adeptos do Benfica, impunemente diga-se!!! Aliás como é habitual nestas ocasiões as forças policiais, servem essencialmente para proteger os delinquentes, e se for preciso quem leva com os petardos (ou cadeiras, ou pedras...) em cima, ainda tem que se explicar perante as 'autoridades'!!!
Somos lideres, mas não podemos adormecer, necessitamos de cavar um fosso, para os nossos principais adversários, para podermos gerir melhor a equipa, é importante acabar a época regular em primeiro lugar, para evitar uma Meia-final do Play-Off com os Pasteis, ou com as Osgas, algo que não conseguimos o ano passado. Temos na minha opinião melhor equipa, mas existem factores 'estranhos' que podem 'equilibrar' as partidas no Play-Off...
Uma nota final para o Diece, é inevitável as comparações com o Ricardinho, e por isso o Brasileiro tem tido um trabalho difícil, mas hoje marcou um enorme golo!!!

Quinze segundos

"Para se ser agreste em televisão, sem ficar mal no “boneco”, é preciso experiência, talento, sentido de oportunidade e elegância. Recordo, por exemplar, uma “entrevista” de Joaquim Letria a uma cadeira vazia – aquela em que deveria estar sentado um ministro que, depois de confirmar a presença, “desapareceu” para parte incerta. Lembro, por categórico, o momento em que um líder (já extinto) da Direita portuguesa insinuou perante José Alberto Carvalho que este se limitava a reproduzir perguntas “sopradas” da régie. O jornalista retirou o auricular do ouvido e, daí em diante, deixou o seu interlocutor suar (literalmente) as estopinhas.

No domingo, após o jogo entre Beira-Mar e o Benfica, um “repórter” da TVI – cujo nome propositadamente já esqueci – apresentou a sua candidatura aos famigerados 15 minutos de fama referidos por Andy Warhol. Fê-lo de forma atabalhoada: na “flash interview” com Jorge Jesus, saltou das ocorrências da partida para um alegado “ambiente de balneário” e para um “momento de contestação” ao técnico. Jesus ainda respondeu à primeira. À segunda, soltou o já famoso “então tchau”. Ora tivesse a coisa ficado por aí e passava. Nada disso: balanceado nos seus 15… segundos, o “repórter” decidiu lançar um ataque à Benfica TV (e à opção de o clube antecipar no canal os jogos da Liga) e acabar a proclamar que “ali” é ele quem decide as perguntas. Acontece que não é – e a ignorância da lei não aproveita ao prevaricador. Segundo os regulamentos das “flash interviews” – inventadas para “cobrir” mais uma janela publicitária e para colecionar um “sound byte”, de quando em vez –, as perguntas devem cingir-se ao recém-terminado jogo. Não foi o caso. E não vale a pena a TVI ou algum dos seus responsáveis invocar a defesa superior do jornalismo; quando se tornou compradora das transmissões sabia o que dizia o regulamento. Tal como sabe Sousa Martins que, na noite seguinte, no programa “Prolongamento”, tentou argumentar que ninguém o cumpria. Mau serviço, rapazes. Acredito que seja um caso de ignorância, mais do que de má vontade. Mas foi para situações como estas que se criaram os pedidos de desculpas.

Pior, muito pior, foi o comunicado publicado em nome do FC Porto. O problema não lhe dizia, de todo em todo, respeito. Só uma obsessão guerrilheira justifica o “parecer”, por acaso subscrito por quem também é campeão no “blackout”. Tenho, de resto, a ideia de um diretor de comunicação a insultar e ameaçar um antigo colega da RTP por causa de uma questão mais incómoda – deve ser engano meu… A alusão aos “filmes de gangsters”, vinda de quem vem, evoca diretamente outro género cinematográfico: a comédia. Se tivesse graça, não seria um drama."

Roberto e vergonha

"Diz-se que o primeiro grande guarda-redes do Benfica respondia pelo nome de Chiquinho. Foi há tantos anos, numa espécie de Idade da Pedra da bola lusitana, que já são escassas as referências. Só que desde meados do século passado, a memória regista um desfile de excelentes guarda-redes. José Bastos, Costa Pereira, José Henrique, Bento, Silvino, Neno, Preud'homme, Enke, Quim...
Esta temporada, altamente credenciado, o espanhol Roberto chegou à Luz, acompanhado pela convicção de que o Benfica havia garantido um excelente guardião para esta e as próximas temporadas. Tratou-se mesmo de um investimento avultado, motivo forte para legitimar todo o rigor do negócio. A adaptação não foi a melhor, Roberto transmitiu algumas dúvidas, se calhar muitas dúvidas.
Ainda assim, a campanha que lhe foi movida teve foros de crueldade, valendo mesmo a lamentável cumplicidade, de resto altissonante, de alguns benfiquistas.
E agora? E depois dos últimos encontros, ainda que estas linhas estejam a ser escritas antes do embate de Israel? Não tem sido Roberto a primeira garantia de segurança defensiva do conjunto? Não há razões para acreditar que um jogador tão jovem tem todas as condições para se impor, sem reservas, na defesa das redes vermelhas?
Houve quem tentasse destruir o guarda-redes espanhol. As suas últimas prestações talvez não destruam os seus detractores. É que, infelizmente, a vergonha não mata."
João Malheiro, in O Benfica

Objectivamente (Taça)

"Na última jornada da Taça de Portugal, que bonito foi de ver dois chegados amigos e antigos cúmplices tão embevecidos com a eliminação do Moreirense!
Vítor Magalhães, presidente do clube minhoto, e Pinto da Costa estiveram mais uma vez de acordo. Apesar de o árbitro Paulo Baptista ter anulado um golo limpo a Antochouet e ao Moreirense, que dava boa vantagem neste jogo a eliminar, isso não impediu esses dois homens de boa fé festejarem em conjunto a 'esperteza do treinador Villas Boas' que soube fazer as substituições (como dizia Magalhães) na hora certa e com isso ganhar merecidamente eliminatória.
Que ternurento! Que fantástico 'fair play' tem este ex-presidente do Vitória de Guimarães que se transferiu a custo zero para o Moreirense!
Todos se recordam da fortíssima amizade entre FC Porto e Guimarães na regência deste camarada. E pior que isso é o que nos faz lembrar o regresso ao passado depois de tantas absolvições nos tribunais da cidade do Porto, sobre processos que metem futebol e tanta protecção ao FCP pelos árbitros, conselhos de Justiça e Disciplina, etc, etc., à boa maneira dos tempos do 'Apito Dourado'. Há pessoas que dizem estar já enjoadas de tanto se falar do 'Apito'. Pois por mim vão ter de ouvir falar disto até ao vómito, porque eram náuseas que esta gente provocava nas pessoas quando combinavam, arranjavam e armadilhavam competições, atrás de competições! Pois agora vão ter de nos ouvir!
Eu imagino o que seria se fosse o Benfica, ou qualquer outro clube, a beneficiar deste roubo ao Moreirense! Ainda hoje não se tinham calado... pois não sr. Magalhães!?"
João Diogo, in O Benfica

As previsões inalteradas do Tempo

"Um treinador encontrará a sua faceta solidária, cristã, tal a forma como 'defenderá' Jesus. Terá igual empenho, como toda a corja de árbitros que ajudará sempre que necessário a sua equipa e que dependem do poder de uma corja ainda maior, que determinam as subidas e descidas dos mesmos nas várias divisões do futebol português. O mal congénito, de qualquer elemento ligado ao clube que treina, ter de falar de assuntos ou de gente ligada ao Benfica, manter-se-á estável.
Jesus não precisará desta defesa, porque simplesmente, não foi nem será atacado. Como foi Mourinho, com ameaças presenciais, feitas ao próprio e à família na véspera de uma final e Co Adriaanse, com pedradas e pontapés, no carro.
No Benfica a crítica e o descontentamento continuarão a não ser sinónimos de desunião, antes pelo contrário. Aqui não se diz uma coisa e depois faz-se outra. Que o digam Fernando Barata, Pimenta Machado, Octávio, Américo de Sá e Morais, se estivessem entre os vivos, a filha de Pedroto, Mourinho e tantos outros 'descartáveis' da canalhice pura.
Quanto a Jesus, espera-se apenas que não 'dê a outra face', pois Judas está identificado há muito. Fica o aviso.
As lágrimas de 'crocodilo', tentarão enganar os incautos, o que não é certamente o meu caso. Pilatos, já se sabe, lavará as mãos, mais uma vez, como fez com o 'Apito Dourado', as viagens de Calheiros e as facturas da Cosmos, os 'quinhentinhos', o Guímaro, as escutas etc, etc, etc...
A Imprensa e TV continuarão com o medo de costume e a maior parte dos clubes da Liga permanece subserviente como convém, mesmo quando lhes são anulados golos limpos, ficam penáltis a favor por marcar e castigados treinadores com critérios não aplicáveis ao 'crocodilo'.
Coitadinho do hipopótamo!"

António Melo, in O Benfica

Em nome do Pai

"Os poucos minutos de que Nuno Gomes dispôs para entrar no jogo e marcar um excelente golo terão sido dos mais emocionantes e inesquecíveis da sua vida. Todos sabemos porquê. Erguendo os olhos marejados de lágrimas e os braços para o céu prestou uma homenagem ao pai recentemente falecido. Depois deixou-se abraçar pelos colegas e chorou, coisa que um homem deve sempre fazer, sem preconceitos nem inibições, pelas razões do coração ou por outras igualmente estimáveis e profundas.
Mas há outro motivo pelo qual Nuno Gomes não esquecerá estes escassos minutos. É que eles bastaram para mostrar ao treinador e ao público que ainda pode ajudar o Benfica na luta pelo lugar a que tem direito e porque recebeu uma ovação que guardava em si todo o carinho que os benfiquistas têm por este profissional sério, talentoso, combativo e leal.
A escolha de quem deve formar equipa é sempre uma legítima perrogativa dos treinadores, pois são eles que trabalham com os jogadores, que os conhecem física e psicologicamente e que os avaliam na relação com o grupo. Porém, os aspectos emocionais ligados a um percurso exemplar como o de Nuno Gomes não podem deixar de ser levados em conta. Por isso merece aplauso a decisão de Jorge Jesus de devolver o internacional português aos relvados, porque vale a pena continuar a contar com ele, mesmo que seja para partilharmos os momentos de comoção de que é protagonista.
Os finais de carreira nunca são, seja que área for, processos fáceis de gerir, porque envolvem aspectos emocionais, afectivos e profissionais de uma grande complexidade. No fundo, há um ciclo que chega ao fim quando se tem ainda uma vida inteira pela frente para ser vivida e fruída em pleno. O importante é sempre sair, é parar com a dignidade e a elevação que uma carreira brilhante exige. Tudo o que estiver abaixo disso sabe sempre a muito pouco, por não ser justo."
José Jorge Letria, in O Benfica