quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Manter a liderança...

Belenenses 32 - 34 Benfica
Não vi o jogo, mas 'lendo' as estatísticas, e mantendo a tendência dos jogos anteriores, tivemos dois livres de 7 metros, contra sete dos nossos adversários, tivemos 6 exclusões, contra 3 dos nossos adversários, deve ser coincidência...!!!

Cura...



Muito foi dito sobre a oportunidade deste jogo, pessoalmente previ vários cenários, infelizmente o pior aconteceu: após uma derrota (não previ os números) com os Corruptos, com toda a descomunicação social ( e os próprios adeptos) a 'cair' em cima da equipa, dos treinadores, e dirigentes, nada melhor que uma viagem a Angola, para desanuviar o ambiente, ficar longe dos jornais, das TV's e das rádios, das conversas de 'amigos', das piadas fáceis, e ainda deu para descarregar um pouco da ansiedade.

Como em muitos áreas da vida, a última imagem é quase sempre a mais 'poderosa', após uma derrota com um rival, se fosse permitido pelos responsáveis, jogava-se novamente no dia seguinte!!! Para passar por cima do sucedido. Assumindo que o cansaço da viagem será sempre prejudicial, a vitória desta noite, mesmo sendo um amigável com um adversário de nível muito inferior, tem o condão de baixar os níveis de ansiedade para Domingo, esse sim um jogo de vitória obrigatória, para começar a curar o trauma...



FMI no Benfica, já!

"Nos últimos 110 minutos, o Benfica sofreu 8 golos. Ultrapassou assim a barreira dos 7% de Teixeira dos Santos para abrir portas ao FMI. Contra o Lyon, foi a consequência do que não se deve fazer: parar o cérebro, mais até do que as pernas. Contra o Porto, foi a consequência de um desmesurado medo que o adversário soube explorar inteligente e eficazmente. Tal como contra o acessível Liverpool, optou-se pelo experimentalismo e começou-se a perder no minuto zero. Trocou-se um dos melhores centrais do mundo por um medíocre lateral (coitado do D. Luiz), jogou Sidnei que desaprendeu com a inactividade, deixou-se de fora Saviola que, mesmo a jogar menos, é desequilibrador, trocaram-se as voltas a Aimar e Carlos Martins. E já com o resultado pesado, estreia-se o desamparado Roderick e reentra, meses depois, o destreinado R. Amorim. Para completar o mosaico, Luisão porta-se como uma criança mal-educada.
Cometeram-se erros no planeamento da época. Encarou-se a Supertaça com sobranceria e desconcentração e aí começou-se a resvalar. Não se anteciparam as inevitáveis saídas de Di María e Ramires. Os sofríveis Gaitán e Jara e o emprestado Salvio foram caros e não colmataram aquelas saídas. Fábio Faria não existe. Reempresta-se Urreta e compra-se por um balúrdio Rodrigo, que se despacha para o Bolton, onde só jogou uns minutos. Tem-se 25% do passe de Reyes para nada.
Escrevo estas palavras com tristeza, mas não com acrimónia para com os dirigentes e Jesus. Continuo a confiar no treinador. Todos temos o direito ao erro. O certo, porém, é que nos resta agra esperar pelo FMI, Fundo do Mercado de Inverno, para começar a preparar a próxima época e garantir, ao menos, o 2.º lugar para acesso à Champions!"
Bagão Félix, in A Bola

(in)Dignidade

A semana passada, numa animada conversa com um jornalista da Lusa, recebi a confirmação que muitas peças jornalísticas, principalmente nos jornais, são 'truncadas'. É normal parágrafos desaparecerem sem aviso!!! A colocação de avençados em lugares de chefia, dá resultado. Além do incentivo à auto-censura, quando alguém resolve 'incomodar' um intocável, lá aparece o arauto dos bons costumes, a 'cortar o mal pela raiz'...

Estava com alguma excepectativa para ler as respostas do Ricardo Araújo Pereira, e do Zé Diogo este fim-de-semana, após a nojenta, baixa, ressabiada cronica de MST. No Sábado o Ricardo respondeu com classe, não 'baixou o nível' da conversa, não usou terminologia de taberna, mostrando estar muito acima do mal-educado, pseudo-intelectual, e ignorante romancista de pacotilha...
Mas no Domingo fiquei desiludido com a cronica do Zé Diogo!!! Achei-a demasiado 'curta', podia haver uma tentativa de não dar demasiada importância ao Capanga Azul, pensei eu...!!

Hoje, ficámos a saber o que realmente se passou. A cronica do Zé Diogo Quintela foi censurada, pelo jornal A Bola!!! É inacreditável, como depois de vários cronistas 'seus' terem ofendido repetidamente outros cronistas do mesmo jornal, quando MST por vários vezes ter acusado o próprio jornal A Bola e os seus jornalistas, de comportamentos éticos reprováveis, agora quando alguém lhe responde com classe, usando argumentos e fontes fiáveis, citando inclusive os próprios, veja os seus textos censurados. Que enorme falta de Vergonha!!!
A intimidação dos capangas parece estar a resultar, os mentirosos, os criminosos, não gostam de ser desmascarados. Que desconsolo viver num país, onde aqueles que deveriam ter um 'contrato' com a verdade, aqueles que deveriam defender o interesse público, estão mais preocupados em parecer 'simpáticos', adoptando o politicamente correcto, o 'não levantar ondas', demonstrando uma enorme cobardia, não querendo ficar mal vistos, mesmo que para isso tenham que 'apertar a mão' a gente sem honra, e sem dignidade. Esquecem-se é que ao prestarem-se a estes 'servicinhos' estão a ser cúmplices, com toda a podridão em que vivemos...
Um dia muito triste para os fundadores do jornal A Bola.
A atitude do Zé Diogo, e do Ricardo, ao terminarem as suas cronicas no jornal, demonstram carácter, dignidade, e responsabilidade, algo que MST nem sabe o que quer dizer, não ameaçaram, e não fizeram queixinhas....


Para o arquivo deixo aqui o texto censurado, publicado no site Sporting Apoio:
«Pedi ao Nuno Mourão para publicar aqui a parte da minha crónica que A BOLA não publicou, cortando-a sem me consultar. Faço-o porque a parte que foi truncada era uma resposta a uma acusação de Miguel Sousa Tavares e eu quero que fique publicamente registada. Agradeço ao Nuno Mourão a simpatia com que me recebeu nesta sua casa.
Na 3ª feira, Miguel Sousa Tavares insinuou que eu e o Ricardo Araújo Pereira costumamos corrigi-lo por ele ter sido o único convidado, além do Presidente da República, a não ter vindo ao “Gato Fedorento Esmiúça os Sufrágios”. O Ricardo desmentiu ontem essa tese de vendetta e julgo não ser necessário voltar a referir as inúmeras pessoas que também não aceitaram o nosso convite, pessoas que não costumamos corrigir.
(até aqui A Bola publicou. O resto foi cortado)
Talvez porque não tenham por hábito defender teses absurdas e incoerentes sobre o Apito Dourado. Por outro lado, há muita gente sobre quem costumo escrever e que foi ao programa. José Sócrates e Passos Coelho, por exemplo. Deve ser para lhes pagar o favor de terem aceite o convite.
Acha MST que hoje diremos que o convite foi um erro e que não sabemos porque o convidámos. Acha também que sabe bem porque é que não aceitou. Engana-se. Para já, não foi erro nenhum, sabemos bem porque o convidámos: para ele fazer o que faz aqui, mas na televisão, que é mais espectacular. Depois, palpita-me que ele já não sabe porque recusou: aquilo passou-se há um ano, tempo mais que suficiente para MST entretanto ter mudado a sua convicção.
Entretanto, pela segunda vez num ano, MST tenta intimidar-me por causa do que escrevo nestas crónicas. Em Janeiro pediu a Pinto da Costa para que me processasse. Desta vez, vitimiza-se e ameaça abandonar a sua crónica n’A BOLA, pretendendo que o Ricardo e eu sejamos responsabilizados pela sua saída. Depois das queixinhas, uma ameaça de amuo. Que birra se seguirá? Suster a respiração? Que outras traquinices tem MST em carteira para me sensibilizar?
Não gostava que MST deixasse de escrever aqui. Gosto de o ler. Quero que, entre outras coisas, continue a dizer que, quando Porto lhe pagou uma viagem, Calheiros estava reformado (a sério, não sei mais o que faça para desmentir isto. Trazer cá o homem? Se lhe pagar a viagem, de certeza que vem…). Por isso, deixo-lhe um pedido. Faça às nossas crónicas o mesmo que faz com as fontes que cita: não as leia. Ignore-as. Finja que não existem, não responda. É um direito que o assiste. Olhe, até vem consagrado na 5ª emenda (que faz mesmo parte da Constituição, não é como a Declaração de independência). MST pode invocá-la. Evitará auto-incriminar-se.”»

O milagre Coentrão

"Lá na terra não há quem não saiba. “Não sei por onde vou, não sei para onde vou, sei que não vou por aí”. Lá, em Vila do Conde, Régio joga na alma de todos, serve poesia a todos. Hoje, ainda lá na terra, Coentrão até diz ao povo mais do que Régio. Joga na alma de todos, serve bola a todos. Que fenómeno é este? Não há muito tempo, apontamentos bonitos no Rio Ave, permitiam falar num caso encerrado de vocação. E o resto? Dizia-se que o miúdo das Caxinas, a popular zona piscatória, não seria capaz de crescer socialmente. Dizia-se pior, dizia-se que jamais consolidaria a face bisonha da sua arte.
Ali ao lado, o FC Porto descartou o rapaz. Acreditou o Benfica, ainda que as dúvidas persistissem. Dois anos carregados de assimetrias acentuaram as incertezas. E depois? Que prodígio foi esse? Fábio Coentrão cresceu, cresceu muito, cresceu tanto que não há memória de alguém ter crescido tão aceleradamente no futebol nacional. Já se começa a falar no melhor lateral-esquerdo de sempre. Lateral? Extremo também.
Lateral ou extremo, sempre nonstop, sempre com expressão possessiva pelo mais belo. No Benfica, na Selecção Nacional, ou há Coentrão ou não há Coentrão. Haver ou não haver Coentrão faz toda a diferença. O estatuto não se dá, conquista-se. Coentrão conquistou.
E o futuro? Não há gigante europeu que se não enamore dele. Não sei para onde vai, não sei por onde vai, sei que vai por aí…"
João Malheiro, in Destak

Mais Benfica

"Há dias, a propósito do lançamento do meu 'Benfica no Pico da Europa', em pleno Estádio da Luz, tive oportunidade de mergulhar na história do nosso clube, juntando imodestamente alguns episódios da minha vida pessoal ao lado de muitas das figuras mais emblemáticas da longa história do 'Glorioso'.
O desfile foi extenso e recordei, logo de início, a minha primeira declaração pública, corria 2000, enquanto director de Comunicação do Benfica. Ao lado do bicampeão europeu Ângelo Martins, anunciei o regresso do grande José Águas aos quadros técnicos do Clube, ele que havia sido proscrito na Direcção de Vale e Azevedo.
Com emoção, e não menos reverência, tornei público que estou na posse da última fotografia com expressão mediática, tirada na Adega da Tia Matilde, a Germano e a Cavém, que pouco tempo depois, dolorosamente, deixariam o mundo dos vivos. Para mim, aquela foto é muito mais do que isso, é um troféu de valor incalculável, é uma das minhas maiores relíquias ou preciosidades benfiquistas.
Na mesma cerimónia, com o presidente Luís Filipe Vieira e Eusébio como testemunhas privilegiadas, não deixei de referir que António Simões, o genial extremo dos anos 60, é o mais jovem campeão europeu de toda a história, após mais de meia centena de edições da Liga dos Campeões, antiga Taça dos Clubes Campeões Europeus.
Por absoluta ignorância, esse facto tem passado ao lado das publicações desportivas nacionais. Espero que, doravante, a situação possa ser revertida. Merece Simões, merece o Benfica, e merece o futebol nacional."

João Malheiro, in O Benfica

A esposa, a concubina, M. Madalena e os silêncios convenientes

"Sou ateu. Religião só o Benfica e religião crítica. Carneiro jamais. Cobarde nunca e medo só de perder os que amo.
Católico temente a Deus, como PC, terá de explicar, um dia ao Criador, porque enganou um Papa, após abandonar a legítima esposa, Filomena Morais, mas visitando João Paulo II com Carolina Salgado, sua concubina, fazendo-a passar por filha, que pouco tempo depois, não foi credora da veracidade dos seus depoimentos em tribunal. Que dizer, serviu para a cama, para filha, mereceu estar na presença do Pontícife da Igreja que professa, mas não de ser ouvida, como qualquer cidadã, perante os juízes que julgavam tudo o que o Youtube já mostrou.
Quando a 'coisa estava preta', correu para a ex-mulher e, qual cachorro abandonado, pedir 'perdão', que tudo não tinha passado de um 'devaneio'. Jurou novamente amor eterno, deu entrevistas: 'Nunca deixei de amar Filomena.' A filha de ambos serviu, para justificar esta re-união.
Passado o perigo das pernas efectivas, nova Carolina, agora de nome Fernanda. Novo abandono do lar e devaneio (esse malandro) outra vez instalado na sua vida impoluta, pia e santa. Tirando Filomena, a quem se reconhece um passado moralmente limpo, as outras sabe-se que faziam companhia a senhores solitários.
Mas... não é isso que espanta. O que me espanta é o conivente silêncio, dos jornalistas, que omitem a notícia da presença ou chamam 'namorada' à amante de um homem casado, aliás, re-casado com a esposa. O que espanta é o silêncio da Igreja e dos Bispos, que invoca, como D. Pedro Pitões (1134) e Armindo Lopes (97/07), ambos Bispos do Porto. E D. Manuel Clemente mantém o silêncio e abençoa, quem não teve vergonha de ludribiar um Papa.
Disse Jesus a propósito de M. Madalena: 'Quem nunca pecou que atire a primeira bola de golfe.' É por isso que este fim-de-semana iremos ver tanto pecador junto.
Shiu:-São filhos de umas amigas da 'namorada'."

António Melo, in O Benfica