domingo, 26 de setembro de 2010

Super Equipa, com Super Caneco



Finalmente uma vitória contra os Corruptos, na modalidade mais Corrupta de Portugal!!!

Ao contrário de jogos anteriores (recentemente), nunca tivemos em desvantagem no marcador, esse factor aliado a uma maior experiência por parte dos nossos jogadores, e ainda ao maior poder de choque, talvez possa explicar o Glorioso triunfo. Mesmo contra um critério disciplinar ridículo, mesmo contra um critério nos bloqueios incompreensível (aliás os Corruptos podiam fazer bloqueios em todas as jogadas de ataque, e não estou a exagerar, o Benfica quando fazia era quase sempre falta), não demos hipóteses...
Tudo isto sem o Tiago Rafael, algo que afectou bastante a nossa 'rotação' defensiva. O jogo até podia ter ficado 'fechado' muito mais cedo, mas falhámos uma quantidade brutal de livres directos!!! Grandes golos: o 1º- Ricardo, o 3º- Abalos, e o 7º -João Rodrigues...

Os vencedores por 'decreto' demonstraram muito pouco, até podiam ter ganho, mas enquanto o Benfica funcionou como equipa, no outro lado era o Pedro Gil (um pouquinho do Reinaldo) sozinho. O equilíbrio no resultado durante a maior parte do tempo deveu-se essencialmente ao maior aproveitamento nos lances de bola parada (livres directos, e penalty's) por parte dos Corruptos...

O Abalos é mesmo reforço, o Luís Viana e o Cacau vão ser mais importantes quando jogarmos contra os 'autocarros', mas o grande reforço da época na minha opinião vai ser o João Rodrigues. Na desastrada segunda volta da época passada, o João já tinha demonstrado muita qualidade, creio que esta época vai ser a grande confirmação, daquele que muito provavelmente irá ser o melhor jogador Português dos próximos anos...!!!

Uma nota para a falta de carácter de alguns Corruptos, principalmente os Catalães!!! Já jogam nos Corruptos à muitos anos, portanto estão perfeitamente identificados com a cultura do clube. Porcos, e Nojentos. O João Rodrigues sem bola foi agredido pelo Pedro Gil. No final do jogo depois do Diogo Rafael ter falhado um livre directo, é cobardemente agredido pelo Edo Bosh. Durante o jogo já tinham existido várias situações para cartão azul, sempre perdoados aos Corruptos (aos Benfiquistas já não foi assim). Só com o aproximar do final do encontro, e com o resultado definido os árbitros resolveram mostrar os cartões, mais vale tarde do que nunca, mas...






adenda:

No caminho certo...




Após o desaire nos Açores a equipa parece que encontrou o caminho certo, num terreno tradicionalmente muito difícil, onde os Corruptos já perderam, contra uma equipa que estava invicta, vencemos sem espinhas, apesar da desnecessária recuperação adversária nos últimos 3 minutos. Recordo que jogámos 12 minutos em inferioridade numérica, contra os 4 minutos do adversário!!!


Estou cada vez mais convencido que os comentários da Benfica TV são demasiados imparciais!!! Depois de ouvir funcionários da RTP (serviço público, pago pelos contribuintes) durante os 60 minutos deste jogo, fazerem claque pelo seu clube: o anti-Benfica!!! Só posso chegar à conclusão que o canal desportivo menos comprometido clubisticamente em Portugal é a Benfica TV!!! Isto não é uma critica à Benfica TV!!! É só um indicador da 'qualidade' dos ditos canais independentes!!!

A mão (de Rolando) que segura o andor


"A dureza com que a equipa do Sporting foi criticada após a derrota na Luz deixa-me na posição ingrata de ter de a defender. Concedo que a exibição não foi boa, o que acaba por ser normal. Como já aqui escrevi, parece-me que o Sporting não está tão forte como no ano passado. No entanto, os riscos de desflorestação não se confirmam. É verdade que saiu uma maça e o pinheiro acabou por não vir, mas o modo como Aimar e Saviola se mexeram entre o meio campo e a defes
a do Sporting deu a entender que os jogadores leoninos estavam bem plantados na relva. No fim do jogo, pareceu-me ver o preparador físico do Sporting a desenraizar o Maniche da entrada da área. E um dos adjuntos teve de enxotar a águia Vitória, que se preparava para começar a fazer o ninho no ombro do Nuno André Coelho.

DESEJO aderir ao novo modelo de crónica futebolística em que o autor revela, para mais que previsível gáudio dos leitores, onde, como e quando, viu determinado jogo, e ainda tem a gentileza de fazer a resenha das opiniões emitidas por comentadores estrangeiros – que são sempre os mais perspicazes e informados sobre o futebol português.
Antigamente, o público não sabia se um cronista tinha assistido a determinado desafio em directo ou se tinha sido obrigado a ver uma gravação, se tinha visto a partida em território nacional ou estrangeiro. Esses tempos, felizmente, acabaram. Informo então que assisti ao Nacional – Porto no Brasil, através de um canal televisivo local. Estava uma temperatura agradável. Ingeri 72 tremoços durante a transmissão. Os comentadores consideram claríssimo o penalty não assinalado após evidente mão de Rolando na área (que bobagem!, exclamaram os comentadores) e perceberam, sem recurso à repetição, que tinha sido mal tirado o fora-de-jogo ao ataque do Nacional. Um dos comentadores, especialmente bem preparado, lembrou a propósito a célebre conferência de imprensa em que Alex Ferguson afirmou que o Porto comprava os seus títulos no supermercado. De facto, o futebol português, visto no estrangeiro, tem outro interesse.

MAIS um escândalo que resulta de inomináveis injustiças: o seleccionador do Brasil, evidentemente seguindo instruções do dr. Ricardo Costa, chamou David Luiz e deixou de fora da convocatória o inigualável Givanildo. Creio que se impõe uma vigília.

ACOMPANHEI, com alguma surpresa, as reacções da imprensa nacional à derrota do Braga frente ao Arsenal. Pareceram-me exageradas. É verdade que o Braga levou 6, mas a equipa portuguesa que lá foi no ano passado levou 5. É possível que, em Londres, ninguém tenha dado pela diferença. O único pormenor que verdadeiramente distinguiu as duas derrotas talvez tenha sido este: desta vez, o presidente da equipa goleada apareceu no aeroporto juntamente com a equipa, à chegada a Portugal.

O comunicado da direcção do Benfica continua a suscitar os mais variados comentários. Uns apoiam-no, outros reprovam-no, e até o treinador André Villas Boas fez uma observação da qual não retive mais do que o facto de incluir a palavra quaisqueres. Uma das críticas mais frequentes, e à qual sou particularmente sensível, tem a ver com a circunstância de o comunicado disparar em direcções tão díspares como a arbitragem e a comunicação social. Também me parece descabido. Ainda se tivessem sido publicadas escutas em que se ouvisse o presidente de um clube a dar indicações a um árbitro sobre o melhor caminho a tomar em direcção a sua casa, talvez se percebessem melhor as referências à arbitragem. Bem assim, se fosse pública outra escuta em que se ouvisse o presidente do mesmo clube a dar indicações a um jornalista sobre o que devia escrever, talvez se compreendesse a desconfiança relativamente à comunicação social - e talvez se percebesse que o tema é, afinal, mais ou menos o mesmo. Uma vez que nada disso sucedeu, o comunicado parece bater-se contra moinhos de vento que mais ninguém vê (nem ouve)."

Ricardo Araújo Pereira, in A Bola

O anti-Robson

"From: Domingos Amaral

To: André Villas-Boas

Caro André Villas-Boas

Lá diz o provérbio popular que mais depressa se apanha um mentiroso do que um coxo. Quando chegaste ao Estádio do Dragão, no discurso de apresentação, e na tentativa de romper com a sombra tutelar de José Mourinho, disseste que, a ser clone de alguém, o eras de Bobby Robson, e não do teu mentor português.
Ora, não foi preciso correr muito tempo para todos verificarmos que, infelizmente para ti, não é verdade. Podes falar inglês e ter o nariz grande, como dizias, mas nas atitudes não segues a escola do gentleman que Robson sempre foi. Em vários anos em Portugal, fosse ao serviço do Sporting ou do FC Porto, nunca o ouvi atacar os clubes adversários, ser provocatório ou acintoso. Era sempre correto e educado, e não perdia o seu tempo a lançar farpas aos outros clubes. Tu, pelo que vejo, vais por outros caminhos, e fazes uma marcação homem a homem, palavra a palavra, a tudo o que o Benfica diz ou faz. Pelos vistos, andas nervoso, e não perdes uma oportunidade para a provocação.
Em vez de te manteres alheio à polémica específica do Benfica com as arbitragens, não resististe e lá vieste perguntar se o Benfica tinha “vergonha de pedir a repetição do jogo Benfica-Guimarães”. É assim que caem as máscaras postiças que as pessoas colocam a si próprias para impressionar o povão.
Clone de Robson? Errado. Um cavalheiro como Robson nunca escolheria esse tipo de palavras, esse tipo de caminhos. Podes ser muita coisa, e até bom treinador, mas clone de Robson está visto que não és."

Domingos Amaral, in Record

Eu acredito!

"Pessoalmente, sempre gostei muito de ficção científica. Talvez por isso tenha apreciado de forma particular a seguinte pergunta que um jornalista fez, esta semana, a André Villas-Boas: “Coloque-se perante este cenário: no jogo com o Olhanense, o FC Porto é prejudicado pelo árbitro…”

Assim, de repente, lembro-me de vários episódios do “Star trek” com pontos de partida mais verosímeis. Por outro lado, na ressaca da falência do comunismo, podemos estar perante o dealbar de uma nova utopia vermelha – milhões de seres humanos, espalhados pelo Mundo inteiro, que acreditam ser possível construir uma sociedade onde um árbitro marque um penálti contra o FC Porto! Eu acredito! Junte-se o leitor também a este movimento! André Villas-Boas já o fez, nomeadamente quando, em resposta à pergunta acima citada, afirmou: “Há de chegar o dia em que nós nos sentiremos injustiçados (…).” Ele também acredita!

Mas o treinador do FC Porto ainda teve tempo para comentar a reação do Benfica à arbitragem de Olegário Benquerença: “O refúgio para as derrotas vai sempre ser o mesmo”. Isto vindo de um homem que nunca se refugiou na arbitragem para justificar as derrotas tem outra credibilidade. Infelizmente, André Villas-Boas não é esse homem. Basta recordar as suas palavras na última partida que o FC Porto perdeu, em agosto, no Torneio de Paris: “É um árbitro que ajudou à festa dos clubes franceses do torneio (…) Sinto um sentimento de injustiça perante o que se passou no golo”. Só quem já foi prejudicado num lance – e não em quatro – de um jogo particular – e não de uma partida a contar para o campeonato – é que consegue compreender este sentimento de revolta."

Miguel Góis, in Record